Almeida poeta sem assunto
Mergulho na blogosfera. Encontro o Almeida. Hum! Poeta? Sem assunto? Devagarinho, como quem não quer a coisa, roubei-lhe este poema.
A rainha da homeostase
Eu vapor, tu toda cor
Eu desapareço, tu apareces
Eu arrefeço e chovo, tu resplandeces
Eu abelha, tu está bem
Eu seringa, tu rabo esquivo
Eu lágrimas, tu motivo
Eu raiva e punhais, tu indiferença
Eu ópera galante, tu sonolência
Eu abandono, desespero e morte, tu: — paciência
Eu in somno, tu insônia
Eu oeste, tu a leste lunar
Eu bocejo soalheiro, tu desejo a acordar
Eu vagar, tu cidade
Eu contemplo, tu velocidade
Eu tempo, tu pressa
Eu vice, tu versa
E vice-versa
E vice-versa
(Comentário aos desencontros da Rita)
Sem qualquer problema de consciência. Em – Almeida poeta sem assunto
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